Num universo tão vasto como os dos chapéus, poucos foram os que atingiram o status de celebridade e de aceitação quase unânime entre os adeptos do acessório como o Chapéu Panamá. Por décadas ele foi um símbolo de virilidade e poder, com um toque de leveza e sofisticação que só uma criação dos trópicos é capaz de proporcionar.
E apesar de ser um modelo mais que centenário, até hoje ele dá o ar da graça nas cabeças de homens e mulheres mundo afora. Em qualquer lugar do planeta você encontrará alguém usando um, podemos garantir.
Em sua trajetória, cobriu as mais variadas cabeças: de sambistas brasileiros à presidentes norte-americanos, passando por uma infinidade de nacionalidades, classes sociais e profissões. E assim foi se sagrando, popularizando e tornando o queridinho de muita gente.
Do Panamá mesmo?
Naturalmente, o nome sugere que o Chapéu Panamá tenha sido inventado no país homônimo. A relação é instantânea. Mas e aí que você se engana: sua origem é outra, digamos, um pouco mais ao sul. Não entendeu? Vamos explicar.
O crédito da invenção deve ser dado, na verdade, para os colombianos. Nossos vizinhos já utilizavam esse chapéu desde, pelo menos, o século XIX. Naturalmente, não o chamavam de Panamá, mas sim de El Fino.
O nome pelo qual conhecemos até hoje surgiria depois. Mais precisamente, em 1906. Neste ano, o presidente dos Estados Unidos, Theodore Roosevelt, fez uma visita às obras do futuro Canal do Panamá e, diante das câmeras e de todo o público, utilizava o chapéu colombiano. Foi o suficiente para que a peça caísse no gosto da população americana e, depois, mundial. Não é de hoje que os americanos inspiram a moda de todo o globo. Logo, o “chapéu que o presidente usou no Panamá” foi abreviado para “Chapéu Panamá” e assim ficou.
Aba larga, aba curta
Como tudo que resiste ao tempo, esse chapéu também passou por algumas transformações. Na verdade, para ser mais exato, por algumas variações. Assim, do clássico Chapéu Panamá com abas mais longas surgiu o modelo de aba fina e curta, que se popularizou rapidamente. Essa versão redesenhada é uma boa opção para quem busca compor um visual mais discreto, mas com a mesma dose de requinte que o original. Também é ideal para utilizar no cotidiano, em ocasiões mais casuais e corriqueiras.
Panamá feminino
Esse acessório sempre teve grande destaque entre o público masculino. Como dissemos no começo do texto, ele representava virilidade e poder, características consideradas como masculinas nas sociedades conservadoras dos séculos passados.
Com as transformações impulsionadas pelos movimentos sociais - neste caso, destaque para o movimento feminista -, as regras sobre vestimentas também mudaram. Assim, itens monopolizados pelos homens foram, aos poucos, se tornando parte do visual das mulheres, que também queriam demonstrar todo o seu poder, autonomia e independência através do vestuário. Assim o Chapéu Panamá passou a ser também um acessório para cabeça feminino.
Surgiu também (e ainda existe) o chapéu panamá feminino, com um design voltado especialmente para este público. Mais delicados e de acabamento mais fino, eles são a opção ideal para compor looks de maior requinte e sofisticação.
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